Se as
situações-problema devem fazer sentido para o aluno para sua melhor apreensão e
resolução, o mesmo deve ser dito sobre os conteúdos e programas curriculares. A
dispersão e falta de relação de uns com os outros podem dificultar o arranjo e
a conexão de seus conhecimentos, não fazendo sentido para o aluno (em seu
cotidiano pessoal e social) e dificultando seu interesse.
Para uma aprendizagem eficaz, o ensino deve partir
das possibilidades e necessidades dos alunos e não da matéria, no que
especificamente está estabelecido para aquele momento, necessitando haver, com
isso, um rearranjo dos conteúdos. O professor deve criar situações de ensino de
modo a propiciar aprendizagens que realmente tenham sentido para os alunos.
Lefrançois (2008) explica que o papel do professor,
a partir dessas considerações, seria de colaborar para que os alunos
encontrassem as soluções dos problemas por eles mesmos. Essa perspectiva vem ao
encontro da abordagem construtivista, muito utilizada nos dias atuais, que
propõe e ensino centrado no aluno.
De acordo com os psicólogos gestaltistas, avaliar
uma conduta ou aprendizagem do aluno exige um olhar para o todo e não
centrar-se apenas em respostas ou ações isoladas apresentadas em determinadas
situações e/ou avaliações.
Em suma, temos o professor como importante e decisivo
na aprendizagem de seus alunos, de maneira que a qualidade do trabalho dele
implicará na qualidade de aprendizagem de seus alunos. Além disso, um ensino orientado
pela Gestalt exige que o professor desenvolva confiança na capacidade de os
alunos aprenderem por si mesmos e, por sua vez, que os alunos tenham confiança
no professor. O ensino deve, portanto, ser orientado em função do agir, sentir
e pensar dos alunos (Burow e Scherpp, 1985
Nenhum comentário:
Postar um comentário